sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O que me falta?

Eu não tenho do que me queixar da vida. Tenho a mulher que amo e que me deu dois filhos lindos!
Mas sinto que me falta algo e esta sensação me causa inquietação...
Tenho minha mãe e meus sobrinhos...
Tenho um emprego onde realizo o que gosto de fazer...
Tenho tudo o que preciso para viver bem...
Tenho um monte de filmes...
Tenho os livros de minha preferencia...
Tenho saúde...
Tenho gratidão a DEUS, por minha vida...
O que me falta enfim?
Me falta o teu olhar sério, me falta as tuas palavras sábias, me falta a tua simplicidade, me falta o teu amor, me falta a tua presença, me falta o teu apoio, enfim me falta você meu pai e amigo!
Embora eu saiba que jamais saírá de meu coração, que hoje és a estrela que olha por mim, que hoje as tuas palavras e ensinamento me guiam nesta vida, me falta ouvir a tua voz, me falta te dar um abraço, me falta beijar seus cabelos brancos... Mas isto meu consolo é saber que isto que me falta, o senhor está recebendo agora do CRIADOR.
Te amo!

sábado, 20 de agosto de 2011

Minha admiração por você

Eu te admiro, não só por ter sido honesto, mas por ter sido meu pai...
Eu te admiro, não só por ter sido verdadeiro, mas por ter sido meu amigo...
Eu te admiro, não só por ser simples, mas por ter sido compreensivo...
Eu te admiro, não só por ser sempre otimista em minhas viagens, mas por me receber sempre de braços abertos...
Eu te admiro, não só por amar aos meus filhos e sua nora, mas por nos dar um sorriso a cada visita nossa...
Enfim eu te admiro meu pai, apesar de não estar mais presente em físico, mas por ser o anjo que hoje guia os meus passos, a estrela que ilumina a minha vida e por minha responsabilidade de ter o teu nome a honrar.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Meu amigo Micolau...

Meu pai contava histórias sobre o macaco prego, que meu avô comprou e o fez de estimação. A minha avó não gostou muito da idéia de ter como animal de estimação, um macaco. Meu pai adorou e apoiou a idéia de meu avô, com isto Micolau foi adotado...
Contava meu pai que Micolau era muito esperto e se adaptou fácil ao convívio com eles. Com o passar do tempo, Micolau ganhou o respeito e admiração de todos ( nem tanto por parte de minha avó ).
Meu pai andava para cima e para baixo com Micolau no seu ombro. Iam pelas ruas, pelas matas e meu pai aproveitava para banhar Micolau no açude, pois minha avó reclamava muito do mau cheiro do pobre...
Com o passar do tempo, Micolau já se sentia muito a vontade em casa ( meu pai encobertava alguns danos causados pelo dito cujo ), para que a minha avó não aumentasse a implicancia com ele. Mas Micolau não correspondia, furtando frutas, comida, quebrando potes, perturbando a pequena criação de galinhas e etc...
A minha avó enfurecida, aplica alguns castigos a ele, perseguindo-o e em alguns casos aplicando-lhe algumas palmadas. Quando o meu avô chegava em casa, Micolau logo corria, subia em seu ombro e se mostrava arredio a minha avó, como se estivesse fazendo queixas.
De tanto se aborrecer por causa de Micolau, meu avô resolveu vendê-lo a um conhecido, o que causou uma grande tristeza em emu pai e por mais incrível que pareça, em minha avó tambem. A casa parecia ter retornado a paz finalmente... Ao passar de alguns dias, quando menos se esperava, Micolau apareceu em casa. Havia fugido!!! Estava maltratado e mostrava as mãos machucadas como se tivesse recebido maus tratos pelo novo dono. Este momento criou uma grande tristeza em meu pai e meus avós, que reintegraram Micolau de novo a família.
foto de um macaco prego

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O que você prefere semear?

Quem planta árvores, colhe alimento.
Quem semeia flores, colhe perfume.
Quem semeia o trigo, colhe o pão.
Quem planta amor, colhe amizade.
Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem planta a vida, colhe milagres.
Quem semeia a verdade, colhe confiança.
Quem planta fé, colhe a certeza.
Quem semeia carinho, colhe gratidão.

No entanto, há quem prefira,
Semear tristeza e colher desconsolo,
Plantar discórdia e colher solidão,
Semear vento e colher tempestade,
Plantar ira e colher desafeto,
Semear descaso e colher um adeus,
Plantar injustiça e colher abandono.

Saiba escolher a sua semente sábiamente!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Alguns "causos" de infância...

Contava ele, que era costume dos meninos da época, aprontarem algumas peraltices inocentes. Dentre elas seguem abaixo uma lista:
- Amarravam os cordões dos sapatos de bêbados, entrelaçandos os pares;
- Como eram coroinhas, tinham acesso a qualquer área da paróquia local. Com isto, se posicionavam atrás do banco onde estavam as senhoras, que naquela época constumavam usar saias e vestidos longos. Atavam as barras dos vestidos, uns aos outros através de nós e alfinetes de fralda sem que fossem percebidos. No momento do encerramento do sermão, era uma confusão generalizada, pois todas as senhoras estavam presas umas as outras;
- Jogavam pontas de cigarro acesas dentro das botas de bêbados, fazendo-os enlouquecer de dor e desespero para tirar as botas.
- Criavam apostas com os meninos de melhor situação financera, para arrebatar-lhes algum trocado e comerem pão doce.

Abaixo, algumas fotos de Mossoró - RN, no período de 1937 a 1949 que eu acredito ter sido a época em que meu pai tinha a idade de menino arteiro.
 Avenida Eurico Gaspar Dutra


 Comercio em Mossoró





domingo, 14 de agosto de 2011

Um pouco de mim, por meu filho

Nascido em Mossoró-RN, filho de Luiz Severino da Costa (barbeiro) e Fefa Batista da Costa (merendeira). Teve uma infancia comum aos moradores do nordeste brasileiro. Dentre suas obrigações diárias, estava a de buscar água para abastecer a casa, o que era bastante comum para a época (uma de suas brincadeiras era a de justificar a sua baixa estatura, aos galões de água que carregou quando era criança).
As brincadeiras eram com brinquedos de madeira ( na maioria eram confeccionados por ele próprio ), caçadas com espingarda de espoleta, nadar no açude e enfeim, tudo o que era normal para a época.
Contou-me uma certa vez, que fez uma bicicleta em madeira, pois náo podiam comprar uma na época. Foi coroinha na paróquia local, o que lhe rendeu algumas histórias engraçadas, que serão contadas aos poucos.
Mesmo dentro da rigidez da criação, sobraram algumas "brechas" para traquinagens. Foi uma criança normal, crescido e educado dentro dos extintos padrões familiares. A sua formação escolar iniciou-se em um colégio de padres, onde as regras tambem eram bastante rígidas. Mas nada tão rígido, que não lhe coubesse tempo para "furtar" algumas hóstias...
Tambem teve como animal de estimação o "Micolau", um macaco prego que era o seu companheiro de algumas atividades. Referia-se sempre ao tios Cícero, Chico e Tomás, primo Zé de Brito (falecido prematuramente). Em muito breve farei a transcrição de todos os relatos, deste homem do qual tenho o privilégio de ser filho.